A culpa é da CBF
Nesta
edição do campeonato brasileiro, a polêmica em torno da arbitragem tomou conta da
mídia e dos torcedores. Apesar de não ser novidade no nosso futebol, nessa
temporada os erros de arbitragem vêm sendo muito frequentes e com erros gritantes,
especialmente em lances que envolvem toque de mão e/ou penalidade máxima (O que
não exclui erros em outros tipos de lance).
Esse tipo de polêmica é impulsionado pela
mídia, mas a real culpa se deve a incompetência da CBF (Confederação Brasileira
de Futebol) que não demonstra a mínima vontade de profissionalizar e modernizar
a arbitragem brasileira, iniciativa que traria mais credibilidade ao futebol
brasileiro, e valorizaria os profissionais da arbitragem que são mal vistos e
criticados de forma negativa por grande parte daqueles que acompanham o
futebol. Recentemente, tivemos vários exemplos de lances que deixaram
torcedores indignados em jogos decisivos no Campeonato Brasileiro, como “São Paulo x Corinthians”, “Corinthians
x Sport”, “Chapecoense x Atlético-MG” e diversos outros jogos em que tivemos
lances que foram mal interpretados pelos árbitros.
Bola desviou no braço de Uendel, mas a arbitragem não marcou o pênalti (Foto:
Reprodução/SporTV)
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Em uma nota divulgada pela FIFA (Federação Internacional de Futebol) e reiterada pela CBF, foram esclarecidas diversas dúvidas sobre a questão do toque de mão, rechaçando a regra já existente e também dando o aval para que os árbitros utilizem de sua interpretação para marcar ou não um possível toque.
As
orientações da FIFA levam em conta os seguintes pontos:
- Ação deliberada - Se um jogador se movimenta de forma a bloquear um chute ou cruzamento, atingindo seu objetivo através do contato com a mão na bola, a infração deve ser marcada, mesmo que sua intenção não seja a de utilizar os braços ou mãos no lance. Assim, comete falta um zagueiro que dá um carrinho para travar uma finalização e vê a bola encostar em sua mão apoiada no chão.
- Movimento natural ou não - O árbitro deve levar em consideração se a posição da mão ou braço ao tocar na bola é uma decorrência natural do movimento. Durante uma corrida, por exemplo, a mão pode tocar a bola como resultado do movimento normal dos braços, o que não caracteriza uma infração.
- Ampliação do "volume" do corpo - A arbitragem deve observar se a posição da mão que toca a bola representa um aumento do espaço que o corpo do atleta ocupa. Um braço esticado pode interceptar um cruzamento ou passe que não seria bloqueado pelo tronco ou pelas pernas. Neste caso, a falta deve ser assinalada.
Somando todas essas orientações à
interpretação do arbitro, tem-se ao menos uma ideia de como a regra deveria
funcionar na pratica, mas a pergunta crucial é: Por que não funciona?
Seria por conta da arbitragem de nível
baixo que temos, falta de preparo ou um “complô” extra campo? Prefiro acreditar
que tudo isso é culpa do amadorismo daqueles que gerem nosso futebol e que
estão cada dia mais desinteressados em melhorar o futebol brasileiro dentro e
fora de campo. O torcedor já não suporta esses erros que prejudicam resultados
e até a campanha inteira de uma equipe, o que certamente acabará influenciando
o resultado final do campeonato de forma negativa.
Orientações da FIFA retiradas do Portal Zero Hora
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