A culpa é da CBF

By 12:56

Nesta edição do campeonato brasileiro, a polêmica em torno da arbitragem tomou conta da mídia e dos torcedores. Apesar de não ser novidade no nosso futebol, nessa temporada os erros de arbitragem vêm sendo muito frequentes e com erros gritantes, especialmente em lances que envolvem toque de mão e/ou penalidade máxima (O que não exclui erros em outros tipos de lance).


Esse tipo de polêmica é impulsionado pela mídia, mas a real culpa se deve a incompetência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que não demonstra a mínima vontade de profissionalizar e modernizar a arbitragem brasileira, iniciativa que traria mais credibilidade ao futebol brasileiro, e valorizaria os profissionais da arbitragem que são mal vistos e criticados de forma negativa por grande parte daqueles que acompanham o futebol. Recentemente, tivemos vários exemplos de lances que deixaram torcedores indignados em jogos decisivos no Campeonato Brasileiro, como São Paulo x Corinthians”, “Corinthians x Sport”, “Chapecoense x Atlético-MG” e diversos outros jogos em que tivemos lances que foram mal interpretados pelos árbitros.

Bola desviou no braço de Uendel, mas a arbitragem não marcou o pênalti (Foto: Reprodução/SporTV)

Em uma nota divulgada pela FIFA (Federação Internacional de Futebol) e reiterada pela CBF, foram esclarecidas diversas dúvidas sobre a questão do toque de mão, rechaçando a regra já existente e também dando o aval para que os árbitros utilizem de sua interpretação para marcar ou não um possível toque.
As orientações da FIFA levam em conta os seguintes pontos:

  • Ação deliberada - Se um jogador se movimenta de forma a bloquear um chute ou cruzamento, atingindo seu objetivo através do contato com a mão na bola, a infração deve ser marcada, mesmo que sua intenção não seja a de utilizar os braços ou mãos no lance. Assim, comete falta um zagueiro que dá um carrinho para travar uma finalização e vê a bola encostar em sua mão apoiada no chão.
  • Movimento natural ou não - O árbitro deve levar em consideração se a posição da mão ou braço ao tocar na bola é uma decorrência natural do movimento. Durante uma corrida, por exemplo, a mão pode tocar a bola como resultado do movimento normal dos braços, o que não caracteriza uma infração.
  •   Ampliação do "volume" do corpo - A arbitragem deve observar se a posição da mão que toca a bola representa um aumento do espaço que o corpo do atleta ocupa. Um braço esticado pode interceptar um cruzamento ou passe que não seria bloqueado pelo tronco ou pelas pernas. Neste caso, a falta deve ser assinalada.


Somando todas essas orientações à interpretação do arbitro, tem-se ao menos uma ideia de como a regra deveria funcionar na pratica, mas a pergunta crucial é: Por que não funciona?
Seria por conta da arbitragem de nível baixo que temos, falta de preparo ou um “complô” extra campo? Prefiro acreditar que tudo isso é culpa do amadorismo daqueles que gerem nosso futebol e que estão cada dia mais desinteressados em melhorar o futebol brasileiro dentro e fora de campo. O torcedor já não suporta esses erros que prejudicam resultados e até a campanha inteira de uma equipe, o que certamente acabará influenciando o resultado final do campeonato de forma negativa.


Orientações da FIFA retiradas do Portal Zero Hora

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