Tottenham no caminho certo
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Fonte:Julian Finney/Getty Images |
Na temporada 2013-14 surgiu no futebol inglês Mauricio
Pochettino. O ex-zagueiro argentino já havia treinado o Espanyol, clube que
jogou por muito tempo, e vinha para assumir um desafio completamente diferente
de tudo que já havia feito. Como sabemos, o estilo de jogo dos campeonatos são
bem diferentes, mas Pochettino se adaptou bem ao estilo dinâmico da principal
liga inglesa e fez um ótimo trabalho no Southampton.
Com um elenco reduzido de talento, mas sempre esforçado e
obediente taticamente, alcançou o oitavo lugar na Premier League e foi a
sensação da temporada. A base daquele time já foi desfeita, jogadores hoje
estão se provando em grandes clubes da Inglaterra e Pochettino também procurou
um desafio maior.
Veio a proposta e na temporada passada, o argentino
assumiu o comando do Tottenham. Comandou uma reformulação no elenco, liberou
alguns nomes que, em conjunto com a diretoria, julgou não mais necessário
(Paulinho, Gomes, Sigurdsson) e trouxe apostas (Dier e Alli). Além disso, deu
uma chance a Harry Kane, deixando o caríssimo Soldado no banco. O movimento foi
certeiro, Kane foi artilheiro dos Spurs na temporada com 31 gols e se
consolidou no ataque da equipe londrina. Um quinto lugar no Campeonato Inglês e
o vice da FA Cup ratificaram o bom início de trabalho do treinador. Mas ele
queria mais.
Ao início desta temporada, nova leva de jogadores saindo.
Paulinho encabeçou uma fila que ainda teve Kabuol, Holtby, Lennon, Adebayor e
Townsend. Ao mesmo tempo em que foi enxugando o elenco, abriu espaço par nomes
vindos da base, montando uma equipe eficiente para a disputa do campeonato. A
adição de reforços pontuais também contribuiu no processo e hoje a equipe é a
segunda colocada, faltando nove rodadas para o fim do campeonato.
A principal virtude de Pochettino como jogador era o
posicionamento defensivo. Isso, ele trouxe com maestria para a sua função de
técnico. Desde os tempos de Southampton, seus times são bem postados
defensivamente. Flutuam a linha de marcação e não deixam muitos espaços entre
elas. A defesa do Tottenham, nesta temporada, é a menos vazada do campeonato
(24 gols em 29 jogos) e muito disso tem o dedo do treinador. Durante os jogos
da equipe, é visível a compactação da equipe londrina, tanto para defender,
quanto para atacar.
A principal força de ataque da equipe do norte de Londres
é o meio campo. Local onde a bola fica, em média, 44% do tempo de jogo, é onde
Dembelé (89,9% de passes certos) distribui, arma o jogo e Eriksen (80,7% de
passes certos, 8 assistências, 3.4 passes decisivos por jogo) se movimenta e
procura sempre o companheiro em melhor condição de marcar. A equipe se
movimenta bastante neste setor com Lamela e Alli trocando de posições. O time
ainda conta no elenco com Chadli, Bentaleb e Son que entram no meio campo e
também desempenham um bom papel. Os três jogadores que compõem o espaço entre
os volantes e o atacante se movimentam bastante e sempre procuram trocar de
posição. A movimentação é essencial para criar espaços e eles são bem
distribuídos pelo ataque dos spurs (34%
pela direita, 38% pela esquerda e 29% pelo meio), não deixando o time muito
dependente de um só lado do campo.
Harry Kane continua se mostrando um dos melhores centroavantes do campeonato. O camisa 10 liliwhyte continua o bom desempenho da temporada passada e já marcou 17 vezes nesta temporada. Kane sempre está bem posicionado e raras vezes, como no jogo contra o West Ham, erra tudo que tenta. Com médias de quatro finalizações no alvo por jogo, o inglês se firmou como titular incontestável e principal arma do sistema ofensivo da equipe.
Harry Kane continua se mostrando um dos melhores centroavantes do campeonato. O camisa 10 liliwhyte continua o bom desempenho da temporada passada e já marcou 17 vezes nesta temporada. Kane sempre está bem posicionado e raras vezes, como no jogo contra o West Ham, erra tudo que tenta. Com médias de quatro finalizações no alvo por jogo, o inglês se firmou como titular incontestável e principal arma do sistema ofensivo da equipe.
Por não ter um “primeiro volante” de ofício, o Tottenham
ainda cede muito espaço para criação de jogadas adversárias. A marcação, sempre
agressiva – marca de Pochettino, garante algumas roubadas de bola (17.6, 8ª
melhor no quesito), mas o setor ainda é frágil. Contra o Arsenal, no empate em
2 a 2, ficou claro isso. Mesmo com um jogador a mais e conseguindo se impor no
jogo, o espaço para a oportunidade gunner
veio e Sanchez empatou no finalzinho, tirando a vitória da equipe de White Hart
Lane.
O ponto é que Pochettino trouxe algo que faltava para os
torcedores e o time do Tottenham: estabilidade. Ele é o 10º treinador do
Tottenham em 12 temporadas e vem dando identidade a equipe. Naturalmente a
equipe evolui e os resultados vão aparecendo. Toque de bola, jogadas rápidas,
marcação pressão e eficiência ofensiva. Com mais alguns reforços para o setor
defensivo e nomes para compor elenco, o Tottenham procura se firmar de vez
entre os times mais eficientes da Inglaterra.
Dados retirados do site: WhoScored.com
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