E agora, Pep?
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| Pep ganhou 5 dos 6 campeonatos nacionais que disputou (Getty Images) |
Pep Guardiola não será mais o treinador do Bayern de Munique. Na próxima temporada, o catalão irá respirar novos ares – ainda não descobertos pela maioria das pessoas. O provável destino é a Premier League mas sabemos como, no futebol, quase nada é certo.
Pep já se mostrou competente para trabalhar de todas as formas. A crítica mais fácil é feita no ponto: “Ah, mas o Guardiola só trabalhou em times grandes, com super jogadores”. Bom, vimos recentemente que não é só ter um punhado de bons nomes e Rafa Benitez foi o exemplo mais claro nessa última época.
Dono de um jeito único e excêntrico de trabalhar, Guardiola foi descrito no ótimo livro "Herr Pep" (no Brasil: Guardiola Confidencial, Editora Grande Área, 2015), escrito por Martí Perarnau como "Uma cebola de mil peles, todas elas diferentes. Estamos, portanto, diante de um indivíduo complexo e de vitalidade interminável, e fracassaremos se pretendermos defini-lo em sua totalidade."
Guardiola reformulou uma equipe que voltou com o Barça para o caminho de vitórias. Foi sob o comando do ex-volante que Ronaldinho, Deco, Eto’o, Thuram, entre outros, se desligaram do Barça. Armou um time letal e consagrou seu estilo de posse de bola e domínio de jogo. Promoveu uma das mudanças mais inteligentes da história do futebol quando colocou Messi como “falso 9” e nos revelou como o argentino é especial.
Pela equipe que jogou a maior parte da carreira, Pep conquistou 14 de 19 títulos possíveis. Protagonizou duelos memoráveis contra o Real Madri e consolidou o Barça como um dos maiores clubes do planeta. Conquistou o Triplete (La Liga, Copa do Rei e Champions League), feito que nunca tinha sido alcançado na história do clube. Cravou seu nome com louvor na história do clube.
Após um ano sabático, voltou para comandar um Bayern de Munique que havia acabado de ser campeão de tudo. O grande desafio de Pep era mostrar que poderia ser competitivo, em um futebol completamente diferente do que ele foi criado e onde era o seu habitat natural.
Guardiola se adaptou ao Bayern e vice versa. Encontrou dificuldades no caminho, mas logo na primeira temporada foi impecável. Batendo recorde atrás de recorde comandando a equipe bávara a um título de Bundesliga incontestável. Por lá também quebrou outro paradigma: o uso do falso 9. Muito foi dito que ele tentaria transformar o Bayern no Barça 2.0. A história não foi essa, Guardiola variou formações e quase sempre usou um atacante fixo. A contratação de Lewandowski desconstruiu de vez essa ideia. Descobriu a polivalência de vários jogadores. Lahm se tornou um dos melhores volantes do planeta e Neuer um quase zagueiro – fato que as vezes, não deu certo, diga-se de passagem. Se preparando para cada jogo, variando as táticas de acordo com cada adversário, estudando suas fraquezas. Mais uma enxurrada de títulos, comemorações e a afirmação que Pep realmente é um dos maiores da história.Pep também cravou seu nome com louvor na história do Bayern.
Guardiola se adaptou ao Bayern e vice versa. Encontrou dificuldades no caminho, mas logo na primeira temporada foi impecável. Batendo recorde atrás de recorde comandando a equipe bávara a um título de Bundesliga incontestável. Por lá também quebrou outro paradigma: o uso do falso 9. Muito foi dito que ele tentaria transformar o Bayern no Barça 2.0. A história não foi essa, Guardiola variou formações e quase sempre usou um atacante fixo. A contratação de Lewandowski desconstruiu de vez essa ideia. Descobriu a polivalência de vários jogadores. Lahm se tornou um dos melhores volantes do planeta e Neuer um quase zagueiro – fato que as vezes, não deu certo, diga-se de passagem. Se preparando para cada jogo, variando as táticas de acordo com cada adversário, estudando suas fraquezas. Mais uma enxurrada de títulos, comemorações e a afirmação que Pep realmente é um dos maiores da história.Pep também cravou seu nome com louvor na história do Bayern.
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| Guardiola e sua vasta coleção de títulos (Football Colective) |
A grande questão agora é saber para onde vai Guardiola. Veículos da Inglaterra o colocam quase certo no Manchester City. O treinador, por sua vez, já admitiu o desejo de um dia treinar o Manchester United. Chelsea tem um manager que sairá ao fim da temporada. As possibilidades são diversas e Guardiola terá o luxo de escolher.
O próximo grande desafio Guardiola, se de fato for a Premier League, será reinar no mais disputado campeonato nacional do velho continente. A sua característica principal é de ter times dominantes nos Campeonatos Nacionais que disputou. Ganhou três de quatro participações em "La Liga" e já faturou duas "Bundesligas", caminhando para sua terceira conquista em três anos. Com certeza, o treinador terá plenos poderes para reformular a equipe e adaptar a sua forma de trabalho no clube que escolher seguir. Estará a prova toda a versatilidade e capacidade do treinador de se sobressair numa liga imprevisível que qualquer time pode surpreender e ter uma campanha sólida (Leicester). Novamente, Guardiola estará no centro dos holofotes.
A certeza que Guardiola é um dos maiores da história, já temos. Já reformulou elencos, já conseguiu transmitir sua ideologia de jogo para um time de cultura totalmente diferente. O movimento seguinte de Guardiola está cercado de expectativas e será repercutido de todas as maneiras. É esperar pra ver.
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