O que será de Alexandre Pato?
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Aos
26 anos, ele ainda é uma promessa? (Foto: Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
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Revelado pelo
Internacional em 2006 e uma das grandes surpresas do futebol brasileiro na
década passada, Alexandre Pato chega para 2016 como uma incógnita. No início de
carreira, as previsões eram rápida ascensão e chegada ao futebol europeu, o que
de fato aconteceu. Após 26 jogos pelo Colorado,
Pato foi vendido ao Milan por 24 milhões de euros, segunda maior transferência
do futebol brasileiro até então. Recebeu a famosa camisa 7 de Andriy Shevchenko
e deu início à sua trajetória.
O começo na Itália foi
digno de um grande jogador. Gols decisivos e dribles que encantaram a
tradicional torcida rossoneri e
aumentaram a expectativa sobre o garoto de 17 anos. Os altos e baixos do clube
na temporada não atrapalharam seu futebol e as marcas de Pato no futebol italiano
foram surgindo naturalmente.
Com o passar do tempo,
a expectativa sobre o brasileiro era cada vez maior. Conseguiu se firmar em um
time com David Beckham, Ronaldinho, Kaká, Andrea Pirlo e Clarence Seedorf. Os
gols de Pato não se esgotavam, mas ele começava a encontrar um novo adversário
na carreira: as lesões. Vez ou outra, algum problema tirava o jogador de ação
por dois ou três jogos, e algumas situações o afastavam por semanas. Chegando
aos 20 anos de idade, o atacante dividia espaço com Ibrahimovic, Robinho e
Cassano no ataque do Milan, mas suas lesões acabavam deixando-o para trás.
Em um espaço de
aproximadamente três anos, Alexandre Pato chegou à Europa, fez muito sucesso,
alcançou a Seleção Brasileira, foi cobiçado por muitos clubes gigantes da Europa
– Real Madrid e Chelsea tiveram propostas milionárias recusadas, e começou a
brigar contra sua forma física.
Depois de seguidas
lesões, Pato começou a frequentar o banco de reservas. Insatisfeito com a queda
iminente de oportunidades, sua saída começou a ser estudada em 2013. Em janeiro
daquele ano, foi contratado pelo Corinthians por 15 milhões de euros – valor
recorde no futebol brasileiro. O alto investimento não foi correspondido da
forma como os cartolas corintianos queriam, e Pato pouco rendeu no Parque São
Jorge.
Se 2013 foi apagado
para ele, 2014 trouxe novas esperanças. Emprestado ao São Paulo na troca por
Jadson, Pato viveu dois anos muito positivos. Em 101 jogos pelo tricolor
paulista, marcou 38 gols e sempre foi boa alternativa pelos lados do campo,
onde cria boas jogadas.
Três anos depois de
voltar da Europa, seria hora para um novo começo no velho continente? Aos 26
anos, Pato se diz saudável, confiante e pronto. O São Paulo queria sua
permanência, mas não podia arcar com os altos valores. O Corinthians, dono do
seu passe, não tem interesse em aproveitá-lo, e quer recuperar o investimento
feito em 2013. Com o desmanche do campeão brasileiro de 2015, Pato foi cogitado
no elenco de 2016, mas ninguém parece se sentir confortável com isso – clube e
jogador. O Chelsea mostrou interesse – de novo – na contratação do jogador, mas
a situação de hoje é diferente, o futebol europeu não sabe que jogador vai
encontrar após tanto tempo.
Em 10 anos de carreira,
Pato subiu e desceu na vida. Conheceu a glória da UEFA Champions League, mas
acabou voltando e jogando campeonatos estaduais. Talvez não estivesse pronto
para sair tão cedo. Estaria pronto desta vez?
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